HISTÓRIAS PARA A HISTÓRIA






Este blogue é no essencial um espaço de memórias e de camaradagem. 
Publicado por alguém das ciências sociais, que não de história, não deixa contudo de arriscar uma incursão por factos do passado que julga merecerem ser coligidos e de interesse partilhar.
Na realidade, tem sido preocupação de antigos combatentes, através de diversas formas de expressão, o deixar um legado que sirva de suporte teórico e fatual a todos os que no futuro terão o encargo de fazer a história “isenta”, do que foram as campanhas africanas das décadas de 60 e 70 do século XX português e das suas implicações.
Quase um exclusivo das elites castrenses e académicas, a história militar, ganhou deste modo novos protagonistas que, em muitos casos, por via de diferentes narrativas, trazem novas abordagens dos acontecimentos, muitas na primeira pessoa, plenas de pormenores, que possibilitam uma melhor compreensão dos contextos das ações e da envolvente humana, desse período da nossa história contemporânea.
Relativamente a conflitos bélicos anteriores e mesmo ao tempo em apreço, temos hoje auxiliares impensáveis então. As novas tecnologias de informação, a internet, tornaram possível o proliferar de websites, onde se encontra registada informação crucial para uma melhor compreensão do que foi, e continua a ser, esse fenómeno, alguma dela sistematizada, como a dos incontornáveis blogues de Luís Graça & Camaradas da Guiné e Ultramar.terraweb. Mas também o Operacional focando as missões das forças armadas portuguesas de apoio à paz e diversas temáticas militares, entre muitos outros. Apenas alguns exemplos dos espaços disponíveis que merecem uma consulta atenta.
A literatura através do romance, da poesia, dos diários, tem sido igualmente um espaço privilegiado de comunicação destas “fontes” da história, que partilham com autores decanos como João de Melo, Autópsia de um Mar em Ruínas, ou Carlos Vale Ferraz, Nó Cego, para citar apenas alguns, o tema da guerra, revelando um universo, na realidade só entendível por quem o viveu, ainda presente, e que é preciso preservar para memória futura. 

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