REGIMENTO DE LANCEIROS N.º 1 -  CICA N.º 3 - ELVAS

Quando da sua constituição, em 1831, esta unidade era designada por Regimento de Cavalaria de Elvas, passando em 1834, a Regimento de Cavalaria N.º 3 e, sendo extinto nesse mesmo ano, pela Convenção de Évora-Monte (documento assinado entre liberais e miguelistas que pôs fim ao período de guerra civil que decorreu entre 1828-1834).

Após a extinção desta unidade foi constituído, também em 1834, em Lisboa, o Regimento de Cavalaria N.º 1, criado inicialmente em 1717, com a designação de Regimento de Cavalaria de Alcântara, e reorganizado a partir do Regimento de Mecklemburgo, nome pelo qual era conhecido, em homenagem ao príncipe e general alemão que,  no século XVIII, ajudou a organizar a arma de cavalaria no país.

Em 1835, este regimento é transferido para Vila Viçosa, passando em 1862, depois para Estremoz e alterando a designação para Regimento de Cavalaria N.º 1 -Lanceiros de Victor Emanuel-, resultante da proposta do rei D. Luiz I, apresentada nesse mesmo ano, de atribuir o posto de Coronel Honorário do regimento a este rei italiano. 

O regimento regressa a Elvas, em 1874, passando a designar-se a partir de 1910, por Regimento de Cavalaria N.º 1, nome que manteve até 1948, ano em que volta a alterar a sua designação para Regimento de Lanceiros N.º 1.

Antiga Porta de Armas da unidade vista do interior

Parada D. Nuno Álvares Pereira

Escudo heráldico do Regimento 

                                 

Antigo refeitório de praças

Fonte de São José (Século XVIII)

Painel de azulejo alusivo ao Maj Mouzinho de Albuquerque.
Este e o painel seguinte encontram-se na parada principal com o nome deste oficial

Painel de azulejo alusivo a D. Nuno Álvares Pereira

Pátio interior

CENTRO DE INSTRUÇÃO DE CONDUÇÃO AUTO N.º 3

Ainda na década de 40 o regimento passa a unidade de instrução de condução auto, tendo recebido, em 1945, as primeiras viaturas de comandos duplos de marca Austin. 

Por aqui passaram inúmeros praças do Serviço Militar Obrigatório (SMO) que conjuntamente com a instrução militar básica realizavam a de condução auto, seguindo depois para outras unidades, para concluir a especialidade (i.e. de condutores da AML Panhard - RC7)

Antigas casernas dos pelotões de instrução.

Cada uma ostentava o nome de uma campanha militar em que a arma de cavalaria participou.  

Mercedes Benz 180D MF/57 "Matateu"

Origem: Alemanha

Combustível: Gasóleo

Cilindrada: 1988 Cm 3

Potência: 54 Cv às 4800 rpm

Capacidade: 1+4 (instrutor mais 4 instruendos)

O característico banco traseiro de madeira

Camioneta Morris/Leyland de instrução

Em 1975, ao fim de um século de presença militar em Elvas, a arma de Cavalaria deixou a cidade, ato oficializado em 1977.

Para fiel depositário deste espólio histórico foi nomeado o Regimento de Cavalaria N.º 3 de Estremoz.

As antigas instalações do regimento foram posteriormente ocupadas pelo Regimento de Infantaria de Elvas, que em 1991, se passou a designar por Regimento de Infantaria N.º 8, unidade por sua vez extinta em 2006.

MUSEU MILITAR DE ELVAS

Em 2012, o conjunto das fortificações abaluartadas de Elvas foram classificadas como Património da Humanidade pela UNESCO, permitindo uma nova utilização para as antigas instalações do regimento.

Assim, o antigo "Quartel do Casarão" e o "Convento de São Domingos" acolhem hoje o denominado "Museu Militar de Elvas", que reúne um vasto acervo museológico do Exército Português distribuído por diferentes áreas temáticas:

• História do Serviço de Saúde
• Viaturas Militares
• Hipomóveis e Arreios Militares
• Centro de Estudo sobre a Fortificação de Elvas
• Centro de Estudo sobre a Guerra do Ultramar Português

Webgrafia
arqnet.pt/exercito/1rc.html
elvasmilitar.blogspot.pt/
facebook.com/pages/Associação-Portuguesa-de-Veículos-Militares/230004227011599?fref=ts
heportugal.wordpress.com/2013/09/04/museu-militar-de-elvas/
museumilitardeelvas.wix.com/museu
operacional.pt/museu-militar-de-elvas/
paula-travelho.blogs.sapo.pt/301048.html