DIA DA ARMA DE CAVALARIA - 1973
Sobre um copioso dia de chuva africano, no ano de 1973, voltou a comemorar-se em Bula, com a presença de altas individualidades e delegações de algumas unidades da arma presentes no TO, o Dia da Cavalaria.
Do livro "Ultrajes na Guerra Colonial" do ex-Fur Mil de Cavalaria Leonel Olhero, respigamos partes sobre este dia, do seu diário de comissão.
"Bula, 21 de Julho, sábado
Dia da Cavalaria
Vieram. Spínola, o velho e poderoso. (...) E. Com fanfarra, e tudo!, as cerimónias aconteceram debaixo de impetuosa chuva, (...)
(...) Houve muita pompa!, e manga de ronco! Desfilaram também Panhards e estandartes de batalhões da arma, errantes pela Província.
(...) Acabaram os festejos com a final de um torneio de futebol, que decorria ainda, quando na estrada de Binar milícias foram emboscadas. Um morreu. Houve feridos e entre eles um soldado enfermeiro branco.
Na interessante leitura dos textos deste camarada podemos encontrar outros acontecimentos, narrados na primeira pessoa, que refletem o melhor e o pior da sua comissão, mas que são também um testemunho, para as gerações futuras, dos muitos acontecimentos que todos os que vivemos esses tempos enfrentávamos.
Mal sabíamos que seria a ultima vez que o Dia da Cavalaria se celebraria na Guiné.
Mal sabíamos que seria a ultima vez que o Dia da Cavalaria se celebraria na Guiné.
Amigo José Carlos Ramos, ainda bem, digo agora, que houve quem naquele tempo tenha feito um diário. Podia ter-me dado para pior. Mas não deu. E pronto! Abraço
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